21 maio, 2010

Nigéria contaminada por urânio

A República do Níger, na África, tem um dos menores índices de desenvolvimento humano do mundo. Seu território é praticamente todo formado por deserto e o país vive há anos num ciclo de pobreza extrema, violência e instabilidade política. Sua maior riqueza são suas jazidas de urânio. Mas agora, graças a uma investigação do Greenpeace, sabe-se que elas estão também virando uma grande maldição. Uma equipe descobriu níveis alarmantes de radiação nas ruas de Akokan, cidade nigeriana que abriga duas minas de urânio da estatal francesa Areva, potencial parceira do Brasil no programa nuclear. A empresa havia declarado que não havia risco de contaminação.

Em 2007, o laboratório francês CRIIRAD denunciou que as pedras que sobram do processo de mineração do urânio estavam sendo usadas como material de construção nas ruas de Akokan. A denúncia foi encaminha a Areva e às autoridades locais.
De acordo com documentos enviados para o Greenpeace pela estatal francesa, logo depois da denúncia os 11 pontos da cidade onde foram identificados os níveis de radiação foram descontaminados. No entanto, uma pesquisa superficial pelas ruas de Akokan, na região dos 11 pontos contaminados identificou sete pontos com índices significantes de radiação. Em uma das áreas o nível de radiação era quase 500 vezes acima do normal.

"Esse nível de radiação representa um perigo para a saúde humana. As pessoas na rua podem ser expostas a uma dose de radiação significativa. Inalar poeira radioativa é um risco sério para a saúde", disse Paul Johnston da Unidade de Ciência do Greenpeace da Universidade de Exeter. "A cidade tem que ser descontaminada imediatamente."

O que pode ser prejudicial no ser humano é que o urânio produz envenenamento de baixa intensidade (inalação, ou absorção pela pele), produzindo também efeitos colaterais, tais como: náusea, dor de cabeça, vômito, diarréia e queimaduras. Atinge o sistema linfático, sangue, ossos, rins e fígado.
Seu efeito no organismo é cumulativo (o que significa que o mineral, por não ser reconhecido pelo ser vivo, não é eliminado, sendo paulatinamente depositado, sobretudo nos ossos), e a radiação assim exposta pode provocar o desenvolvimento de cânceres. Para os trabalhadores das minas, são freqüentes os casos de câncer no pulmão.

20 maio, 2010

Three Mile Island

O acidente ocorrido em 28 de março de 1979, na usina nuclear de Three Mile Island, estado da Pensilvânia nos Estados Unidos, foi causado por falha do equipamento devido o mau estado do sistema técnico e erro operacional. Houve corte de custos que provocaram economicamente na manutenção e troca de material. Mas, principalmente apontaram-se erros humanos, com decisões e ações erradas tomadas por pessoas despreparadas.

O acidente desencadeou-se pelos problemas mecânico e elétrico que ocasionaram a parada de uma bomba de água que alimentava o gerador de vapor, que acionou certas bombas de emergência que tinham sido deixadas fechadas. O núcleo do reator começou a se aquecer e parou e a pressão aumentou. Uma válvula abriu-se para reduzir a pressão que voltou ao normal. Mas a válvula permaneceu aberta, ao contrário do que o indicador do painel de controle assinalava. Então, a pressão continuou a cair e seguiu-se uma perda de líquido refrigerante ou água radioativa: 1,5 milhão de litros de água foram lançados no rio Susquehanna. Gases radioativos escaparam e atingiram a atmosfera. Outros elementos radioativos atravessaram as paredes.

Um dia depois foi medido a radioatividade em volta da usina que alcançava até 16 quilômetros com intensidade de até 8 vezes maior que a letal. Apesar disso,o governador do estado da Pensilvânia iniciou a retirada só dois dias depois do acidente. O governador Dick Thornburgh aconselhou o chefe da NRC, Joseph Hendrie, a iniciar a evacuação "pelas mulheres grávidas e crianças em idade pré-escolar em um raio de 5 milhas ao redor das intalações". Em poucos dias, 140.000 pessoas haviam deixado a área voluntariamente.

18 maio, 2010

Efeitos da Radioterapia

Efeitos colaterais da radioterapia: Se você está recebendo uma baixa dose de radioterapia pode não notar qualquer efeito colateral, mas aqueles que recebem altas doses de tratamento devem esperar tê-los. Quais são eles, e sua gravidade, dependem em parte da extensão do corpo sendo tratado, a dose da radioterapia e também da sensibilidade individual ao tratamento.
Os efeitos colaterais mais comuns ocorrem durante ou imediatamente após o tratamento e têm curta duração, quando são descritos como sendo agudos. Geralmente desaparecem rapidamente após o tratamento. Poucas pessoas podem desenvolver os chamados efeitos colaterais tardios, que não se tornam aparentes até vários meses ou às vezes anos após o tratamento. Esses efeitos podem ser duradouros (crônicos) ou mesmo permanentes. É raro os efeitos duradouros serem incômodos, mas pequenos riscos são justificáveis quando o objetivo é a cura.

Os efeitos colaterais da radioterapia variam de pessoa para pessoa e dependem fundamentalmente da área irradiada.
Se a área irradiada for a cabeça, pode ocorrer queda de cabelo localizada. Quando a boca ou o esôfago estiverem próximos às áreas tratadas, certo grau de inflamação da mucosa que as reveste está previsto, podendo haver dificuldades na alimentação. Nos casos em que o abdome é irradiado, o intestino costuma ser alcançado pela radiação, o que pode determinar diarréia. A irradiação do quadril e de grandes áreas da coluna compromete a produção das células do sangue, podendo exigir do paciente alguns cuidados adicionais.
Náuseas e, mais raramente, vômitos podem ocorrer, principalmente nas irradiações do abdome. É comum que a pele que recobre a área irradiada apresente problemas. Vermelhidão, ardor, prurido e escurecimento da pele são relatados com certa freqüência.
Os efeitos colaterais podem ser exacerbados nos casos em que quimioterapia e radioterapia são aplicadas simultaneamente.